quarta-feira, 16 de abril de 2008

Britney Spears - Blackout (2007)

I love your smile, the way you taste
You know I have an appetite for sexy things
And all you do is look at me, its a disgrace
What's running through my mind is you, up in my face

Ainda é cedo para decretar a sentença de morte de Britney Spears. Apesar de estar dando claros sinais de descontrole emocional neste último ano, por conta do uso de drogas, escândalos e sebe-se lá o que, a artista volta à cena com um álbum coeso, superior ao seu último CD, In the Zone (2003).
Britney é uma diva sem sentimentos. Sua intenção é soar como uma máquina de sexo, de hits e isso, ela cumpriu. Os produtores decidiram dialogar não com os fãs mais doentes, mas sim com um público que pode enxergar Britney como algo cool, novo. Para isso, transformaram este álbum em um retrato fiel do imaginário que as pessoas têm da cantora: fácil, vagabunda, safada, sem noção. De fato, Britney entra no jogo, não se envergonha e faz um trabalho extremamente ousado para os padrões do pop comercial, abarrotado com as copias de sua antiga persona. Ela encara o desafio de se vender como o produto que esperam dela.
Longe da reflexão sobre sua atual condição e a obsessão – perseguição - fixação da mídia sobre fatos relacionados à sua vida particular, (tema de “Piece Of Me”), a quase totalidade das faixas de Blackout trata do velho tema escapista - teen de curtir uma boa noite de balada ou algo mais com alguém desconhecido que apareça no caminho. Praticamente não temos baladas neste novo disco, o primeiro após In The Zone (2003). Tem sexo, muito sexo. Tem canções sobre cama. Sobre safadezas. Sobre pegação. Não queríamos que a virgem virasse uma vadia? Ela nos ouviu.
E entrega um álbum que vai encher 2008 de remixes e mash ups, desde a pista mais moderna até a pistinha mais humilde.
Sussurros e gemidos. A voz de Britney é modificada – metalizada – duplicada - transformada em praticamente todas as músicas. Nada de discrição ou duplos sentidos: aqui é tudo direto. Não há nenhuma vergonha em se mostrar vadia, suja e descaradamente lasciva. Sem vergonha de ser mulher. Elegância é algo que não podemos cobrar dela. Afinal, ela está dando o que pedimos...
“Its Britney, Bitch” canta após o play. Queriamos mais dela, queriamos que a menina se tornasse mulher, nos causasse desejo, se entregasse a nossa volupia. Britney atendeu.

1.Gimme More 4:11
Polemica. Nem tanto pela musica em sí, mas pelo circo que foi o retorno da moça. Existiu um ser humano em 2007 que não ficou no aguardo dessa música, mesmo que fosse pra falar mal? E a apresentação do VMA, que já é parte da historia da MTV, pro bem e pro mal? Primeiro clipe extraído do álbum.


2. Piece Of Me 3:32
Produzida por Bloodshy & Avant, é uma das músicas mais modernas da carreira de Miss Spears. Com uma letra em que Britney resolve lembrar a toda a industria que sobrevivem as suas custas, mostra o dedo do meio pra quem a explora numa faixa dançante e com um clima retro, lembrando o Tecnopop dos anos 80 de bandas como Soft Cell, Depeche Mode, Dead Or Alive, Erasure e congêneres. Segundo clipe extraído do disco.


3. Radar 3:49
Outra moderna e retro ao mesmo tempo… Britney quer o cara, e ele não vai escapar!!!!


4. Break The Ice 3:16
Música que vai bonbar com seus remixes nas pistas por um bom tempo. Com uma pegada electro, é pra mim uma das melhores do álbum. E ainda ganhou um clipe )o 3º do álbum) em animação, com um caldeirão de referencias a grandes artistas e obras do anime, dirigido por Robert Hales, que dirigiu, entre outros, Crazy, do Gnarls Barkley.


5. Heaven On Earth 4:52
A melhor do album. Meio tecnopop, meio disco, extremamente PISTA. É uma que deve ganhar vaaarrrrriiioooosss remixes. Britney usa vocais a lá Donna Summer pra deixar claro o quanto está apaixonada. A faixa preferida de Britney no disco.

6. Get Naked (I Got A Plan) 4:45
Produzida e com vocais de Danja, essa é uma faixa moderna com uma levada hip hop e bem eletrônica. Uma das faixas mais safadinhas do álbum, cheia de gemidinhos e com uma letra bem direta... Deve bombar muito se ganhar bons remixes.


7. Freakshow 2:55
Faixa que achei abaixo da media do disco. Mais uma sobre balada – pegação, com uma batida clichê... Tirando a letra, acho bem deslocada do disco...


8. Toy Soldier 3:21
Britney revela um feitiche por fardas... E entrega uma deliciosa e descompromissada faixa pop. Muitos efeitos embalam um doce delicioso.


9. Hot As Ice 3:16
Mais uma que pode bombar muito nas pistas. Britney safada explicando como ela é... Conta com a participação de T-Pain.


10. Ooh Ooh Baby 3:28
Introdução cabaret eletronico. Uma letra em que ela se mostra sexual, mas apaixonada, e querendo consumar essa paixão. Faixa divertidíssima, ótima produção.


11. Perfect Lover 3:02
Erotica. Britney está envolvida, quer sexo, quer suar, quer realizar os desejos do cara que está afim. Mais uma no mesmo clima pista que permeia todo o álbum.

12. Why Should I Be Sad 3:10
A que mais se aproxima de uma balada, é a faixa que fecha o disco. Contando com Pharrell Williams, é uma música climática, pra abrir ou fechar a pista. Pode ganhar ótimos remixes. Me lembrou muito Janet Jackson da fase Damita Jo. Excelente faixa de encerramento. É uma letra sobre continuar após um relacionamento acabar. O K-Fed deve bater a cabeça na parede cada vez que ouve essa faixa.


Enfim, este álbum prova que Britney ainda pode render muito. Basta ter bons produtores e conseguir comparecer ao estúdio. Se a menina (Moça? Mulher?) superar essa fase negra que atravessa, com certeza vai retomar seu posto no panteão do Pop. E deixar suas imitadoras para trás mais uma vez.


Esse post é especialmente dedicado ao Túlio. Espero que goste, garoto.


Faixas que Recomendo: Lembrando que Britney é uma artista que no geral não me agrada, ainda assim recomendo a audição do album todo...

2 comentários:

Anonymous disse...

adorei

meu album preferido

hahahaha

brigadao!!! =)

Anonymous disse...

um album sem emoção? então o que é 'why should i be sad' e 'heaven on earth'? alguém precisa de sentimentos pra cantar isso. além de 'piece of me' que expressa claramente que ela sabe das coisas e sente as mesmas =]

a britney safadinha 'não-virgem' existe a tempos oO
mesmo com as baladinhas românticas de antes a gente já via a britney assim!

e é "It's Britney, Bitch", tem uma vírgula, ela não se chama de vadia... ela chama o ouvinte que tenta subestimá-la assim. fora isso foi legal..