quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Bruce Springsteen - Magic (2007) = A volta do Big Boss



Bem, bem, bem...

Relutei um pouco em escolher esse como o primeiro disco a ser comentado nesse meu novo espaço. Bruce é um artista que com certeza quem me conhece não imagina que eu ouça. Mas sempre fui um grande fã do Chefão. Acho que ele é um dos artistas mais discriminados no cenário musical, em grande parte devido a sua imagem de nacionalista, de G.I. Joe da música, de símbolo da América: "Não é aquele do 'Born In The U.S.A.'??? Você ouve ISSO??

Não.
Ouço o compositor, o homem que sabe falar das mazelas da vida como poucos. O cara que sabe que homens devem ser HOMENS, e que sabe que homens sofrem com as viradas da vida, com as dores do trabalho, com os problemas dos que lhe rodeiam e com os amores que se vão. Bruce sempre mostrou essa percepção, e atingiu a perfeição no histórico, tocante e essencial NEBRASKA, lançado em 1982. Magic é o décimo quinto disco de Bruce, e é mais um numa sequência de discos perfeitos lançados após os 50 anos, e após o 11 de Setembro. Brendan O'Brien, que já trabalhou com Pearl Jam, Stone Temple Pilots e Korn, volta assinar a produção de um album de Bruce, como havia feito em The Rising (2002) e Devil & Dust (2005).
Bruce voltou a gravar com Roy Bittan, Clarence Clemons, Danny Federici, Nils Lofgren, Patti Scialfa, Garry Tallent, Steven Van Zandt e Max Weinberg. Ou seja, voltou a comandar a E Street Band.
O Álbum conta com rocks contagiantes como Radio Nowhere, que abre o álbuns, e passeia por temas como a morte, guerra, mulheres, e voltar para casa, assuntos recorrentes na vida de todo homem, mas que nas letras e na voz de Bruce, recebem um tratamento que poucos são capazes de dar. Mais um grande disco na discografia deste que é um dos meus compositores favoritos.
Lançado oficialmente no dia 02/10, desde já aponto esse como um dos grandes discos de 2007.
Faixas que recomendo: Radio Nowhere, Gypsy Biker, Last To Die, Devil's Arcade